quinta-feira, 29 de julho de 2010

Novo texto sobre incompatibilidade sanguínea Rh-

Como muitas meninas vem perguntando sobre incompatibilidade sanguínea em mães de fator RH negativo, decidi postar este novo texto que encontrei na Net.


Com também penso em ter outro filho e o Luiz Henrique sendo Rh positivo, embora tenha tomado a vacina Imunoglobina após o parto, sempre fico com a pulga atras da orelha.


Espero que este texto esclareça algumas dúvidas das futuras mamães.




Doença Hemolítica Perinatal: Diagnóstico e Acompanhamento da Gestação 

Cristiane Alves de OliveiraLaudelino Marques Lopes
Embora tenha sido inicialmente descrita desde 1932, a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN) ainda é responsável por elevadas morbidade e mortalidade perinatais. Há vários sistemas de tipo sangüíneo classificados. Clinicamente, os sistemas ABO e Rhesus (Rh) são os mais importantes.
A incompatibilidade relacionada ao sistema ABO é a mais comum (40% a 50% dos casos de incompatibilidade sangüínea), no entanto, gera pouca repercussão para o neonato, não requerendo tratamento no período pré-natal. A incompatibilidade relacionada ao sistema Rh (5% dos casos de incompatibilidade) pode gerar acometimento fetal grave, necessitando de atenção, portanto, durante a gestação.
Existem mais de 200 tipos de antígenos de hemácias. Em relação ao sistema Rh, os genes Rh produzem vários antígenos, se destacando os antígenos , sendo o antígeno D o mais importantes dentre esses, por ser o mais imunogênico.
O contato do sangue da mãe Rh D negativo com o sangue de um feto Rh D positivo leva ao desenvolvimento de anticorpos (Ac) anti-D (aloimunização). Os anticorpos da classe IgG (imunoglobulina G) atravessam a barreira placentária, causando hemólise no sangue fetal (DHPN), com conseqüente anemia fetal e óbito caso não seja identificada a patologia e instituída conduta pertinente.
Diagnóstico e acompanhamento
diagnóstico do acometimento fetal pela DHPN inicia-se pela identificação de gestantes de risco para o desenvolvimento da doença: gestantes Rh negativo ou gestantes aloimunizadas (teste de Coombs indireto positivo), com possibilidade de gerar feto com sangue incompatível com o seu (ou seja, parceiro com sangue tipo Rh positivo).
A história pregressa é de grande importância. História de recém-nato anêmico, com icterícia grave e persistente, de feto hidrópico com morte intra-útero ou que necessitou de exsangüinotransfusão devem levantar suspeita quanto à possibilidade de DHPN na gestação atual. Nas gestantes de risco para a doença, deve-se ainda pesquisar o uso de imunoglobulina anti-Rh após parto, abortamento ou propedêutica invasiva em gestação anterior.
Uma vez diagnosticada a gestante sob risco de desenvolver a DHPN deve-se solicitar, na primeira consulta de pré-natal, a tipagem sangüínea (sistema ABO e fator Rh) da gestante e do pai da criança que está sendo gerada e o teste de Coombs indireto da gestante.
Nos casos de gestação com mãe Rh negativo e pai Rh positivo o acompanhamento vai depender do resultado do teste de Coombs indireto.
•  Nas gestantes não-aloimunizadas (teste de Coombs indireto negativo) deve-se repetir o mesmo teste com 28, 32 e 36 semanas de gestação (e 40 semanas de gestação caso o parto ainda não tenha ocorrido) de forma a ser diagnosticada a sensibilização materna (ou seja, a produção de anticorpos anti-Rh decorrente do contato com hemácias Rh positivo) durante a gestação.
No pós-parto imediato, deve-se solicitar teste de Coombs direto e fator Rh do recém-nascido, assim como o teste de Coombs indireto na puérpera para orientar a profilaxia da doença.
OBS.: Antígeno D u (variante D u ) : Sua identificação é importante, pois esse antígeno é uma variante do antígeno D do sistema Rh. Nos casos de mãe Rh negativo e recém-nato Rh negativo com antígeno D u positivo, a mãe pode produzir anticorpos (sensibilização) devido à presença do antígeno D u , elevando o risco de DHPN em gestação posterior, caso a mesma não receba a imunoglobulina anti-D no pós-parto.
•  Nas gestantes aloimunizadas (teste de Coombs indireto positivo), a conduta das mesmas dependerá da titulação do teste de Coombs . A titulação considerada como crítica para anticorpos anti-D, na maioria dos serviços e rotinas de obstetrícia, é 1:16. Ou seja:
•  Títulos inferiores ou iguais a 1:8 indicam repetição mensal até o parto.
•  Títulos maiores que 1:8 (ou seja, a partir de 1:16) indicam avaliação adicional do comprometimento fetal, pois podem estar associados a comprometimento do feto (pela hemólise das hemácias fetais pelos anticorpos maternos). Os métodos utilizados para avaliação fetal podem ser divididos em invasivos (amniocentese e cordocentese) e não invasivos (biofísicos: ultra-sonografia, Dopplerfluxometria).
amniocentese permite avaliar o grupo sangüíneo do feto e a anemia fetal através da concentração de bilirrubina no líquido amniótico. Utiliza-se a curva de Bowman para colocar o feto em 3 zonas de condutas e prognóstico distintos. A zona 3 indica doença grave fetal indicando tratamento imediato do mesmo.
cordocentese pode avaliar os mesmos parâmetros da amniocentese e permite a realização do tratamento fetal, quando indicado. No entanto, está relacionada a maior risco da aloimunização materna quando comparada a amniocentese, já que facilita a transfusão materno-fetal.
ultra-sonografia seriada permite observação de sinais sugestivos e evolutivos do comprometimento fetal. São sinais de comprometimento/anemia fetal: espessamento e perda da estrutura placentária (edema), sinal de duplo contorno da bexiga fetal (ascite inicial), aumento da circunferência abdominal fetal (hepatoesplenomegalia), derrame pericárdico e pleural, polidramnia.
Dopplerfluxometria tem se mostrado método importante para avaliação fetal na DHPN. No feto anêmico, o fluxo sangüíneo fetal é desviado preferencialmente para cérebro para assegurar a oxigenação adequada. O monitoramento do pico da velocidade de fluxo na artéria cerebral média está relacionado ao hematócrito fetal. Utiliza-se a curva de Mari et al. para classificar os fetos em grupos de conduta e prognóstico distintos. O grupo A (onde há velocidade na artéria cerebral média mais aumentada) indica tratamento fetal imediato. A classificação dentro dos grupos B, C e D, determina o intervalo de repetição do exame (de acordo com cada grupo).
Nas gestantes aloimunizadas na gestação atual , o acompanhamento apenas pelos títulos do teste de Coombs indireto com a avaliação fetal com métodos invasivos ou Dopplerfluxometria quando os títulos ultrapassarem a titulação considerada como crítica é adequada.
Porém, nas gestantes previamente aloimunizadas, o acompanhamento apenas pela titulação do Coombs indireto no sangue materno não é adequado, pois a titulação pode não predizer a verdadeira anemia fetal. Nesses casos, a anemia fetal pode ser melhor investigada pela Dopplerfluxometria para avaliação do pico da velocidade de fluxo na artéria cerebral média, sendo indicado método invasivo para avaliação fetal de acordo com os resultados deste exame.
A transfusão fetal é indicada quando o hematócrito fetal está abaixo de 30%.
No acompanhamento da gestante não-aloimunizada deve-se atentar para a profilaxia anti-D que é recomendada entre 28 e 29 semanas de gestação para todas as gestantes Rh negativo não aloimunizadas, que tenham feto com fator Rh positivo ou desconhecido, pela SOGC e pelo American College of Obstetricians and Gynecologists entre outras instituições e autores.
A mortalidade perinatal na aloimunização não tratada fica em torno de 30%. Com o acompanhamento adequado, para que o tratamento correto seja instituído, a mortalidade perinatal tem diminuição importante.
Bibliografia :
•  CUNNINGHAM, F.G.; LEVENO, K.J.; BLOOM, S.L.; et al. Williams Obstetrics, 22ª ed. Ed Mc Graw Hill, 2005.
•  CHAVES NETTO, H. Obstetrícia Básica , 1ª ed. Ed Atheneu, 2004.
•  MOISE Jr, K. J. Management of Rhesus Alloimmunization in Pregnancy. Obstet & Gynecol, v 100, n o 3 , 600-11, 2002.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Inimigo invisível **Bisfenol




Bom dia, amigas, principalmente a amigas mamães.
Hoje trago um assunto sério, que é desconhecido por muitos e descobri a poucos dias depois de ler uma reportagem no Jornal. O Bisfenol. Muitas mamães blogueiras aderiram a uma campanha conta o bisfenol em produtos infantis. O que me faz perguntar: porque empresas que fabricam produtos infantis utilizam material altamente nocivos principalmente ao pequenos? Sempre que vou comprar um produto para meu filho imagino que tenha feito com muito carinho, assim como faço tudo para ele. Percebo que isso é apenas mais uma ilusão boba, e que temos que conhecer bem os materiais que os produtos utilizados por nossos pequenos são feitos, tinha o costume de ler nas embalagens dos alimentos que compro os ingredientes, agora preciso ler também o material das embalagens. Estive pensando, tínhamos que ter curso de química também no curso preparatório para futuras mamães.
Isso não seria necessário se as pessoas responsáveis por liberar a fabricação destes produtos, estivessem interessados na saúde de nossas crianças e não apenas no $$$$$.

Saiba mais sobre:

O que é o bisfenol A?
O bisfenol A (BPA) é a matéria-prima do policarbonato, plástico resistente e transparente usado em vários produtos - em mamadeiras, por exemplo. No corpo, age como hormônio sintético, desregulando o sistema endócrino. Estudos internacionais o relacionam a problemas cardíacos, diabete, câncer, puberdade precoce e abortos.
Como evitar?
- Evite comprar produtos fabricados com bisfenol. É possível identificá-los pelo símbolo da reciclagem com o número 7 no interior do triângulo. As letras PC também indicam o policarbonato.
- Mamadeiras, copos infantis e recipientes plásticos usados para alimentação devem ganhar ainda mais atenção.
- Não aquecer nem congelar alimentos em potes plásticos. A mudança de temperatura facilita o desprendimento do bisfenol do plástico. Prefira recipientes de vidro ou porcelana.
- Troque o galão de água pelo filtro de alumínio ou de barro. Se for usar o filtro de plástico, verifique se ele é fabricado com bisfenol.
- O bisfenol também é usado como resina para evitar ferrugem. Verifique se as embalagens enlatadas usadas contém a substância.

Saiba mais sobre a campanha:

quarta-feira, 21 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Alergia ao leite de vaca

Faz tempo que não posto nada aqui, estava sentindo saudades deste cantinho.

O Luiz Henrique é uma criança muito alérgica, antes de completar um ano, após repetidas crises de infecções de garganta e gripes, resolvi passá-lo no alergologista, ele tinha uma tendência enorme a desenvolver alergias, pois eu e o pai somos alérgicos e isso é hereditário, sem contar que ele não foi amamentado com leite materno... (isso é uma outra estória).
Foi solicitado um exame de sangue, já que o exame de contato, aquele que dão furinhos no braço e colocam substancias passíveis de alergia, quem já fez sabe do que estou falando, esse tal exame só pode ser feio aos 4 anos. Bom no exame de sangue deu que o índice de alergia dele é extremamente alto, além de ter dado alergia ao leite de vaca, porém um pouco baixo, que segundo a médica que o acompanha ( de certo que uma médica maravilhosa) resolveu que não seria necessário tirar esse alimento dele, mesmo porque é o leite é muito importante na alimentação de uma criança em desenvolvimento.
Mas o Luiz Henrique não respondia aos tratamento de alergia, o que fez a Doutora encaminhá-lo ao pneumologista por conta de um chiado no peito. O médico solicitou que fosse feito novamente o exame de sangue, pois já havia quase um ano que tinha feito. Disse também que se o exame acusasse alergia ao leite de vaca novamente, este alimento teria que ser abolido da alimentação do Luiz Henrique.
Fiquei muito preocupada, como ira ser a alimentação dele, quase tudo tem leite, bolo, bolachas, iogurte, não poderia comer nada que tivesse leite.
Foi feito o exame e novamente deu alergia ao leite, mas desta vez deu bem menos, então o médico não tirou. Fiquei muito feliz, tirei um peso nas costas. Graças a nosso bom Deus.

Por esse curto tempo em que pensei que tivesse que tirar o leite da alimentação do bb até fiz ele tomar leite de soja, para já ir acostumando. Pesquisei muito sobre o assunto e descobrir vários sites a respeito, inclusive muitas receitas sem leite.
Para bebês que tem alergia ao leite de vaca pode ser dado uma fórmula especial, que é fornecida gratuitamente pelo governo, para crianças com menos de 2 anos.

Para ajudar as mamães que estão passando por isso, vou deixar aqui algumas coisas que encontrei:

Links sobre alergia ao leite de vaca

informações
http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/alergia_ao_leite_materno_e_da_vaca.htm
http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/
http://bebe.abril.com.br/0_12/saude/alergia-leite-tratamento.php


dieta
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/4568

receitas
http://www.semlactose.com/
http://receitasemleite.blogspot.com/
http://www.receitassemglutenealergenos.com/